Tribos indígenas do Garantido vão misturar carimbó e boi-bumbá na arena

Há cinco anos, cidades como Barreirinha, Maués,  Manaus, Juriti, Santarém são responsáveis por transformar as tribos do bumbá vermelho. Foto: Danilo Alves
Parintins – As tribos indígenas, que concorrem ao item 13 nas três noites do 49º Festival Folclórico de Parintins, têm a missão de apresentar um espetáculo coletivo à parte. No boi-bumbá Garantido, essa missão é confiada a pessoas de diferentes municípios e regiões do Amazonas que transformam a festa na Ilha Tupinambarana em uma mistura de ritmos. Em 2014, o carimbó é um aliado em busca do bicampeonato do boi da baixa do São José.
Para este ano, pelo menos, 450 pessoas de grupos folclóricos da região estão envolvidas nas coreografias. Há cinco anos, cidades como Barreirinha, Maués,  Manaus, Juriti, Satarém são responsáveis por transformar as tribos do bumbá vermelho. 
"O folclore não está estagnado e nós precisamos pensar no amanhã, não podemos morrer no dois pra lá e dois pra cá apenas do nosso boi-bumbá", ressaltou Cardoso.
A integração de grupos folclóricos para 2014 trouxe para a Ilha dançarinos de Santarém, no Pará, que participam do Sairé, a festa dos botos Tucuxi e Cor-de-Rosa da cidade. 
Mesclar o carimbó dos paraenses com a o boi-bumbá é o desafio desse grupo, que estará na Arena do Bumbódromo nas três noites de Festival. Essa mistura forma o bailado-caboclo, de acordo com Cardoso.
Para Chico, que é um dos responsáveis pela organização dos grupos desde a seleção até o espetáculo final, essa é uma forma de inovar e melhorar a festa em Parintins. 
"Esse espetáculo precisa se vender em nível internacional e é assim que nós vamos conseguir, misturando ritmos e mostrando coisas novas", afirmou.
As acrobacias na Arena serão feitas principalmente por 160 dançarinos de Manaus, capital do Amazonas. Segundo Chico, esse grupo deve colocar em prática a dança indígena com mais acrobacias.
O tradicional, que é a dança tupinambarana, fica por conta dos parintinenses. São eles que vão compor a maioria das tribos e colocar na Arena os passos tradicionais do boi-bumbá. 
"A gente não pode perder essa essência, que deve permanecer em todo o nosso espetáculo", disse Cardoso."Essa soma de referências e de unidades de toda a região faz com que nós possamos chegar a um espetáculo mais pulsante, mais vivo por oportunizar esse avanço do espetáculo".
O esforço dos dançarinos também vai contar com a performance das indumentárias. Segundo Chico, o traje das tribos foi bem elaborado para que o conjunto da obra na arena sejam satisfatórios ao bumbá, que busca o bicampeonato no Festival.

Fonte: D24am