Policias civis são investigados por atuação irregular nas eleições


Denúncia do TRE motivou investigação de casos na cidade de Maués.Casos em Manacapuru e Presidente Figueiredo serão verificados.

Comando da polícia irá verificar atuação de oficiais
(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
Os casos de policiais civis do Amazonas lotados em Manaus, que supostamente atuavam na campanha eleitoral de candidatos de forma irregular em municípios do interior, serão investigados pela Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP/AM). Após denúncia do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), o comando da Polícia Civil verificará a conduta dos policiais.
De acordo com o presidente do órgão, desembargador Flávio Pascarelli, foi detectada a participação irregular de policiais civis e militares nas campanhas de candidatos nos municípios do interior. "Já tratamos da questão com o comando da Polícia Militar e com a Delegacia Geral da Polícia Civil, que garantiram o retorno desses policiais e eles serão punidos caso constatado a ilegalidade em processo administrativo. Identificamos o problema nos municípios de Maués, Manacapuru e Presidente Figueiredo. São policiais que deveriam contribuir para a segurança e acabam contribuindo para a insegurança nas eleições", revelou.
O delegado geral adjunto da Polícia Civil do Amazonas, Mário Aufiero, confirmou a suspeita de que cinco investigadores da corporação lotados em Manaus estariam prestando serviços em horário de folga na campanha eleitoral de candidatos em Maués, a 276km da capital. Há a suspeita de que os envolvidos poderiam estar usando armas de propriedade do Estado na atuação ilegal.
"Por ordem expressa do Delegado Geral da Polícia Civil, esses investigadores estão retornando à Manaus. Vai ser aberto um inquérito administrativo e se constatada a transgressão, eles poderão ser penalizados até com demissão. Os interrogatórios começam ainda hoje [quinta-feira], assim que eles chegarem à capital", enfatizou delegado-geral adjunto.
A Polícia Civil preferiu não revelar os candidatos e coligações que supostamente os investigadores estariam prestando serviços de segurança.
Fonte: G1