Coligação "Muda Maués" denuncia crime eleitoral


A coligação “Muda Maués” informou, ontem, que vai entrar com uma representação na 5ª Zona Eleitoral do município, contra o delegado do Distrito de Polícia da cidade, Mário Melo, por omissão no cumprimento da lei eleitoral. A coligação reúne nove partidos - PDT, PTN, PSDC, PRTB, PHS, PTC, PV, PT do B e PSDB. 

Conforme a denúncia, o barco "Jaguar", da coligação “Compromisso por Maués”, da candidata à prefeitura do município, Andrea Santos (PSD), foi interceptado na noite de terça-feira (25), com mais de 1 mil litros de diesel e gasolina, gás de cozinha e rancho, que estavam sendo transportados para a reserva indígena do rio Marau, onde vivem mais de 5 mil índios, sendo aproximadamente 2 mil eleitores.

O delegado Mário Melo constatou a denúncia, mas se recusou a apreender os produtos e encaminhar os tripulantes à delegacia, alegando estar com medo de sofrer um ataque com flechas, mesmo  constatando o crime eleitoral e que os produtos não tinham notas fiscais.

O barco “Jaguar”, com cartazes da candidata Andrea e do candidato a vereador Alencar, da mesma coligação, estava somente a cinco minutos da sede do município. No barco, estavam 10 pessoas, entre homens, mulheres e crianças. A candidatura de Andrea tem o apoio oficial do prefeito de Maués, Miguel Belexo.

A advogada Kélia Rêgo, da coligação "Muda Maués", que formulou a denúncia, foi de lancha ao local onde o barco foi interceptado e acompanhou todo o processo. “O delegado entrou duas vezes na embarcação onde estavam os produtos e se recusou a cumprir com o seu trabalho. Ele não permitiu a entrada de nenhuma outra pessoa na embarcação e ficou cerca de 20 minutos conversando com o candidato a vereador Alencar”. 

A advogada relatou, ainda, que o delegado não fez nenhuma menção de pedir reforço policial e se negou a levar a embarcação à sede do município. “Em um primeiro momento o candidato Alencar concordou em voltar para a sede do município, mas depois de uma conversa em particular com o delegado os dois mudaram o discurso. O delegado disse que temia pela sua segurança e o Alencar de forma grosseira disse que não retornaria mais”, ressaltou a advogada.

De acordo com a advogada, ela retornou para o município e o delegado permaneceu no barco onde estava sendo cometido o crime eleitoral. Poucos minutos depois ele embarcou em uma lancha que estava junto ao barco “Jaguar” e voltou para Maués.

Fonte: Amazonas Notícias