Deputado mostra que 25% da população do AM não tem acesso ao Ensino Superior

O deputado Francisco Praciano (PT/AM) indicou ao Ministério da Educação  a adoção de providências para uma expansão mais acentuada do sistema de educação superior no Estado do Amazonas, por meio da criação de uma nova universidade federal ou, ao menos, da criação de novos campi da universidade federal já existente, de forma a atender às necessidades urgentes que o processo de desenvolvimento do Estado exige.


Para Praciano, é indiscutível que a Rede Federal de Educação Superior sofreu forte expansão a partir de 2003 (início do primeiro mandato do ex-Presidente Lula), com a criação, desde aquele ano, de 14 novas universidades federais e mais de 100 novos campi, o que tem resultado na ampliação de vagas e na criação de novos cursos de graduação em muitos estados brasileiros.


Contudo, é importante que se reconheça, também, que a mencionada expansão das Universidades Federais e dos Institutos Federais Tecnológicos ainda não alcançou, a contento, a maioria dos Municípios e Estados da Amazônia brasileira e, em particular, dos municípios do Estado do Amazonas, fazendo-se necessária, ainda, uma expansão mais acentuada da educação superior nesse que é o maior Estado da Federação.

Para melhor esclarecer, o deputado mostrou, por meio da tabela abaixo, os municípios do interior do Estado do Amazonas que possuem ao menos um campus de alguma instituição de educação superior, bem como os  municípios que não possuem qualquer campus.

Abaixo situação do Município: 
MUNICÍPIO POPULAÇÃO (IBGE/2010) UNIVERSIDADE FEDERAL INST. FED. DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA UEA
BOA VISTA DO RAMOS 14.921 —- —- —-

Vê-se,  que, dos 61 municípios do interior do Estado do Amazonas, apenas 17 possuem campi de alguma (ou algumas) das três instituições públicas de educação superior existentes no referido Estado, restando, portanto, 44 municípios do interior do Estado do Amazonas sem qualquer campus de educação superior.
O petista ressaltou, ainda, que a soma da população dos municípios que não possuem nem ao menos um único campus, seja da única Universidade Federal existente no Estado, seja do Instituto Federal Tecnológico ou, mesmo, da Universidade Estadual, totaliza 751.047 habitantes, o equivalente a 25% de toda a população do estado.

“Os números acima apresentados mostram, sem sombra de dúvidas, que o sistema de educação superior no Estado do Amazonas necessita ter uma expansão de forma mais acentuada” afirmou. “É preciso que a mesma ação política que tem resultado na criação de várias novas universidades no país se volte para o Estado do Amazonas, não como benesse, mas como resultado da convicção de que é preciso dotar o maior Estado da Federação de condições infraestruturais para que ele possa integrar-se à sociedade do conhecimento” destacou Praciano, na indicação.

Segundo Praciano, a criação de uma nova universidade federal no Estado do Amazonas – capaz de enfrentar o desafio de formar novos recursos humanos em número adequado e desenvolver pesquisas atreladas às prioridades e vocações do Estado e da região – ou, ao menos, a criação de novos campi no referido Estado, tem por objetivo a construção da cidadania por intermédio da produção de novos conhecimentos, inovação tecnológica, soluções sociais inovadoras e a formação dos recursos humanos qualificados, necessários e indispensáveis ao desenvolvimento do Estado.

Recursos para Ufam
O deputado Francisco Praciano (PT) reuniu, nesta semana, com a reitora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Márcia Perales, e vai propor emendas ao Orçamento da União-2012, com o objetivo de construir uma Garagem Náutica para apoio às atividades na Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da UFAM, no âmbito do Projeto Universidade Campeã,  concluir a Casa do Estudante na cidade de Itacoatiara,  equipar  projetos do Centro de Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico da UFAM (CDTECH/UFAM), que abriga as empresas incubadas para inovação tecnológica, além de apoiar o projeto Primeiro Emprego destinado aos alunos de escolas públicas,  e à aquisição de mobiliário para o prédio novo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

Fonte: Blog Marcos Santos